terça-feira, 23 de setembro de 2008

Pare e Pense

"Mesmo estando na estrada certa, você será atropelado se ficar apenas sentado nela."
(Will Rogers)

Como a Seguradora calcula prêmio

As companhias de seguros, para calcular seus prêmios, levam em conta uma série de variáveis que interferem na aceitação dos seguros, tanto para mais, como para menos. Assim, para começo de conversa, é preciso se ter claro que, exceto em alguns grandes riscos empresariais, as seguradoras não estão interessadas no seguro individual de cada segurado, mas no comportamento médio de cada carteira de seguros em que ela opera.
Uma seguradora não paga sinistros, nem faz frente ao negócio de aceitar riscos, com recursos próprios. Os recursos próprios são usados para garantir o funcionamento da companhia e remunerar seus acionistas.
O negócio do seguro é bancado pelos segurados, através do pagamento dos prêmios. Assim, para calcular corretamente o prêmio médio de cada tipo de risco a seguradora precisa ter uma gama de informações precisas, às quais aplica regras estatísticas e atuariais, que lhe dão os parâmetros indispensáveis para precificar seus seguros de forma correta e competitiva dentro do mercado.
A primeira pergunta que a seguradora coloca é qual a sinistralidade média de sua carteira. Para ela é indiferente se este ou aquele segurado é afetado por perdas a serem indenizadas por suas apólices. O que ela precisa saber é, em primeiro lugar, a freqüência dos eventos e, em segundo, o valor médio das indenizações.
Estas duas informações são fundamentais para a seguradora poder dimensionar o fluxo de caixa da companhia. Sabendo a média de quantas indenizações ela paga dentro de um determinado espaço de tempo e o valor destes pagamentos, ela consegue definir sua necessidade de dinheiro para fazer frente a seus compromissos e, com isso, determinar como os prêmios de seus segurados deverão ser pagos.
O prêmio pago pelo segurado deve ser suficiente para que a seguradora lhe garanta cobertura, no Brasil, por um período médio de um ano. Por outro lado, os sinistros não acontecem ao mesmo tempo. Ao contrário, eles também se espalham dentro do período de cobertura. Desta forma, o prêmio pode ser parcelado, porque é a massa dos prêmios pagos por todos os segurados que efetivamente tem importância.
Com base em estatísticas, a seguradora sabe quantos sinistros acontecem dentro de um período de tempo e qual o total pago a título de indenização pelos danos causados por eles. Este total é a sinistralidade da carteira e é o primeiro dado que a seguradora inclui na conta para precificar o seguro.
Mas só ele é insuficiente. Além dos sinistros, as seguradoras têm mais três grandes grupos de despesas. E nesta conta ela inclui, também, a margem esperada como lucro do negócio.
Somam-se aos sinistros os custos administrativos e os custos comerciais. Custos administrativos são os custos necessários para fazer a companhia funcionar adequadamente. Na atividade seguradora eles englobam uma vasta pauta, direta e indiretamente relacionada com a atividade fim, que é o pagamento das indenizações. Neles estão incluídos, por exemplo, a folha de pagamento, treinamentos, maquinismos e equipamentos, investimentos em TI, etc.
Já os custos comerciais são compostos pelas despesas suportadas pela companhia com a distribuição e comercialização de suas apólices.
Compreendem o pagamento dos corretores de seguros e outros meios de distribuição, campanhas de marketing e publicitárias, aquisição de canais de venda, etc.
O terceiro grande grupo de despesas, que no Brasil merece uma atenção especial, é a alta carga tributária que incide sobre as atividades produtivas formais, entre as quais a operação de seguros está incluída.
Finalmente, as seguradoras não são instituições de caridade. Assim, na medida em que devem remunerar seus acionistas, elas acrescentam ao prêmio um valor ou percentual com o qual pretendem fazer isso.
Assim, resumidamente, o preço do seguro corresponde à soma dos sinistros, custos administrativos e comerciais, carga tributária e margem de lucro da companhia.
*Antonio Penteado Mendonça é advogado e consultor, professor do Curso de Especialização em Seguros da FIA/FEA-USP e comentarista da Rádio Eldorado.

MANCHETES, EDITORIAIS E COLUNAS DOS PRINCIPAIS JORNAIS DO PAÍS

Campanhas de conscientização

Em busca de aprimorar as relações do setor com segurados e prestar esclarecimentos à sociedade, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), a Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) e o Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP) em parceria com o Ministério Público, estão engajados em ações importantes para o bom andamento do mercado.
Para divulgar o Código de Ética da categoria, que é facultativo, a Fenacor acaba de lançar uma grande campanha publicitária. A ação traz o ator Tarcísio Meira como garoto-propaganda e depoimentos em favor do código apresentados pelos presidentes da própria Fenacor, Roberto Barbosa; da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), João Elisio Ferraz de Campos; e da Escola Nacional de Seguros (Funenseg), Robert Bittar; além do titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Armando Vergilio dos Santos Junior. A expectativa da entidade é que 90% dos corretores de seguros em atividade no país adotem o código até o final do ano.
Já para combater a ação de golpistas, a Susep disponibilizou em seu site um espaço exclusivo para denúncias e esclarecimento de dúvidas dos consumidores. Isso porque a autarquia constatou que estelionatários começaram a causar prejuízos aos cidadãos. Entre os golpes mais comuns está a oferta do resgate de seguros e planos de previdência adquiridos no passado, mediante o pagamento prévio de valores para liberação do resgate. Na maioria dos casos, quando o contato feito pelos estelionatários, as empresas onde os seguros foram contratados já encerraram suas atividades, encontrando-se sob regime de liquidação extrajudicial.A Susep esclarece ainda que qualquer ligação telefônica, e-mail ou contato feito por pessoa se identificando como servidor da Susep, em que seja solicitado qualquer tipo de pagamento para resgatar direitos referentes a planos contratados no passado, trata-se de uma tentativa de golpe e deve ser denunciado imediatamente.
E a partir da próxima quinta-feira, dia 25, quem utiliza os serviços de seguradoras no estado de São Paulo ganhará um novo canal de comunicação. O Sincor-SP e o Ministério Público vão assinar um termo de cooperação técnica visando dar encaminhamento mais ágil às reclamações, dúvidas e pendências dos segurados. Com a parceria, o sindicato colocará à disposição sua expertise técnica em todos os ramos de seguros, através do Disque-Sincor e da Assessoria Técnica e Jurídica. "Prestaremos orientação e apoio para apurar os fatos em caso de má intenção nas relações de seguro privado", explica Leoncio de Arruda, presidente da entidade. Já o Ministério Público dará todo o subsídio para a realização das ações, com o objetivo de melhorar a atividade do corretor de seguros e o atendimento ao consumidor. "Desta forma, estaremos mais próximos do consumidor e mostraremos que temos um papel de assessorá-lo, para que ele conheça seus direitos como segurado", destaca Arruda.

Pare e Pense

"Ao recorrer aos amigos, devemos ter o tato de não lhe pedir o que nós mesmos não faríamos por eles."
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ANS propõe fim de carência para quem mudar de plano

Data: 23.09.2008 - Fonte: O Estado de São Paulo Vida SP
Em consulta, medida contra restrição de atendimento de convênio não atinge todos os usuários. Depois de quatro anos de promessas, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou ontem proposta para que usuários de convênios médicos possam mudar de plano sem ter de cumprir novas carências - limitações de atendimento médico para quem ingressa no setor de saúde suplementar.Atualmente, a carência é de até 300 dias para parto, de até 180 dias para outros casos e de 24 horas para emergências. Com a proposta, na prática, os usuários poderão ir para um novo plano "levando" as carências já cumpridas.No entanto, segundo as entidades, a proposta de resolução normativa assinada pelo diretor-presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos, atinge apenas uma minoria do mercado de 49,3 milhões de pessoas no País, 15% dos usuários. Isso porque a norma em discussão beneficia apenas contratos individuais, a minoria do setor, e assinados após 1º de janeiro de 1999 ou adaptados à lei dos planos.A proposta da ANS também afirma que os consumidores só poderão ter o direito à chamada "mobilidade com portabilidade" de carências depois de permanecerem pelo menos dois anos no plano. No caso de pessoas doentes antes da troca, a espera terá de ser de três anos.Além disso, o novo plano que o usuário escolher terá de ter preço igual ou inferior ao anterior e também ter características semelhantes ao antigo, como mesma área de abrangência.A medida, na avaliação do órgão regulador, deverá aumentar a concorrência do mercado e, conseqüentemente, a qualidade do atendimento. "Os maiores beneficiários serão aqueles que eram reféns dos planos, idosos e doentes", disse Fábio Fassini, gerente-geral econômico financeiro de produtos da ANS. "A proposta é decepcionante por ser restritiva", destacou Daniela Trettel, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. "Consideramos a resolução satisfatória", disse Solange Mendes, da Fenasaúde, que reúne operadoras de planos. A proposta ficará em consulta por 25 dias.O QUE PODE MUDARBeneficiados: portadores de planos individuais contratados após 1.º de janeiro de 1999 ou adaptados à lei dos planos de saúdeBenefícios: os usuários passarão a ter direito de mudar de plano sem cumprir novamente carências, isto é, sem ter limitação de atendimento por um período determinado, como ocorre hojeLimitações: a mudança só pode ocorrer após a pessoa ficar dois anos no plano, no caso de clientes saudáveis, ou após três anos, no caso de doentes ou portadores de lesões ocorridas antes da assinatura do novo planoImpacto: a medida deverá aumentar a concorrência do setor, pois pessoas que não forem bem atendidas por seus planos terão mais liberdade para contratar outra empresaSanções: as empresas que não aceitarem a entrada de usuários pelo sistema de portabilidade e continuarem exigindo carências poderão pagar multa de R$ 100 mil, informa a ANS

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Pare e Pense

"Quer conhecer tua namorada... CASA ! Quer conhecer tua mulher... SEPARA !!! "
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Pare e Pense

"Não há pessoa mais perigosa, para si mesma e para os outros , do que aquela que julga sem conhecer os fatos."
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Pare e Pense

"O entusiasmo é a maior força da alma. Conserve-o e nunca faltará poder para obter o que desejar."
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Especialista estrangeiro recomenda aumentar a alocação de recursos em fundos de renda variável

Fonte: Fenaseg

No quarto e último painel do primeiro dia de palestras do IV Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência, que se encerra nesta quinta-feira, 28 de agosto, em São Paulo, o palestrante internacional Robert Walker, da Principal, abordou as melhores práticas para alocação de recursos frente ao novo cenário econômico brasileiro. Como base na experiência de outros países, como Chile e México, Walker sugeriu ao mercado brasileiro aumentar a alocação de recursos em fundos de renda variável para obter no longo prazo maior retorno para os investidores. Ele também orientou aos gestores de planos de previdência a diversificar as aplicações, não apenas em classes de ativos de renda variável e de renda fixa, mas também em mercados estrangeiros, como meio de mitigar eventuais riscos da economia brasileira. Tarcísio Godoy, diretor da Fenaprevi, que coordenou a mesa de debates, acredita que a experiência internacional pode trazer muitos ensinamentos ao país. A primeira lição, segundo ele, é que a crença nos fundamentos da economia brasileira e na estabilidade monetária indicam a necessidade de alongar os ativos. A segunda, disse, é que deve haver diversificação em classes de ativos e também operações mais sofisticadas, que incluem investimentos no exterior, conforme permite a Resolução 3456/07 do CMN.

Pare e Pense

"Toda oportunidade tem um custo. Se aproveitada torne-se um investimento. Se negligenciada pode tornar-se um débito irrecuperável."
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Fenacor espera adesão em massa de corretores

Prevendo gastar cerca de R$ 4 milhões, a Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) vai lançar campanha publicitária de âmbito nacional para divulgar o Código de Ética da categoria, crido em caráter facultativo. O diretor da entidade, Paulo Thomaz, adianta que a campanha terá duração de um ano e será oficialmente lançada em um programa de cinco minutos na Rede TV, além de estendida a uma revista de circulação nacional e a mídias especializadas. Mais: irá ao ar no intervalo do Jornal Nacional, da TV Globo, ao longo de uma semana. As datas de inserção ainda serão definidas.
A Fenacor pretende realizar também ações paralelas, como a publicação de listas nos jornais de sindicatos da classe com o nome dos profissionais que já aderiram ao código, bem como o envio de mala direta aos corretores explicando os detalhes da campanha e como aderir ao código. Outras ações previstas: espalhar cartazes por bancos e seguradoras e distribuir pins e selos para os profissionais que subscreverem o documento.
OTIMISMO. O presidente da Fenacor, Roberto Silva Barbosa, estima a adesão ao código de 90% dos corretores de seguros em atividade no País até o final deste ano. A ética é fundamental. Ninguém contrata um advogado ou médico que não seja ético. O mesmo vale para o corretor de seguros. Espero uma adesão em massa, afirma Barbosa. Para Paulo Thomaz, é possível que a adesão seja feita quando o corretor for pegar a sua nova carteira profissional no sindicatos, após realizar o recadastramento, que obrigatório e vai se estender até 30 de novembro. Segundo ele, o Código de Ética é reconhecido por todas as entidades do sistema nacional de seguros.
O consagrado ator Tarcísio Meira é o personagem da campanha criada pela agência Estratégica, que visa a incentivar o consumidor a optar pelo corretor que aderiu ao Código de Ética para assessorá-lo na contratação de seguro.
Paulo Thomaz explica que o código norteará os padrões de comportamento dos profissionais que aderirem voluntariamente ao programa, que serão acompanhados por um comitê composto por seis conselheiros e seus suplentes. O ritual de julgamento de denuncias prevê duas instâncias.

MANCHETES, EDITORIAIS E COLUNAS DOS PRINCIPAIS JORNAIS DO PAÍS

Fraudes no mercado de seguros

Com uma vida voltada ao combate à fraude no Brasil, o advogado criminalista Pedro Paulo Negrini, presidente do Grupo Negrini, conversou com a Seguro em Pauta sobre a sua trajetória de 30 anos nesse segmento e deu sua opinião sobre como o mercado de seguros tem agido em relação ao tema. “De zero a dez, eu diria que o estágio do combate à fraude no seguro já está no nível cinco”, analisa Negrini.
O sr acha que a fraude nos seguros tem diminuído ou aumentado nos últimos 30 anos?
A indústria do seguro está se protegendo mais contra a fraude. A fraude é um mal que não afeta somente o seguro. Afeta até o orçamento da República. Não existe segmento econômico que não seja afetado pela fraude. Na medida em que a atividade seguradora se amplia no Brasil, também aumenta o número de fraudes. Hoje existem mais autos segurados, mais pessoas seguradas nos ramos de vida e saúde, mais transporte sendo segurado.
Na sua opinião, como o mercado tem se comportado no combate às fraudes?
O mercado vem adotando melhores sistemas, primeiramente para a quantificação da fraude, e depois para combatê-la. Não há dúvida de que a consciência da necessidade do combate e os meios para executar tal combate são hoje mais fortes do que eram há tempos atrás. De zero a dez, eu diria que o estágio do combate à fraude no seguro já está no nível cinco. Negar o pagamento de um sinistro fraudulento talvez tenha deixado de ser a prioridade. O mais importante é criar a conscientização de que fraudar o seguro é um crime que afeta a todos os segurados. O combate deve ser executado por profissionais especializados e bem valorizados. Os resultados dos esforços despendidos não podem ser medidos pelo volume de quantias que deixarem de ser pagas em sinistros comprovados como fraudulentos, mas pelo quanto que se vier a mudar na cultura de não fraudar e pelo quanto se criar de inibição com punições a fraudadores detectados.
Como é feita a investigação para provar uma ação fraudulenta?
A detecção da fraude começa pelo exame de autenticidade dos documentos que instruem um processo de regulação. Depois, pela submissão de todos os nomes de pessoas envolvidas em um sinistro fraudulento a um sistema de banco de dados. Depois pelas investigações de campo, se necessário. Comprovada uma fraude, é bom que a notícia do fato seja levada à Polícia ou ao Ministério Público.
Fale um pouco sobre as empresas do Grupo.
O Grupo passou a existir em agosto de 1978, quando se criou uma organização especializada na coleta da prova. Nada em Juízo vale se não estiver provado. A atividade começou com a execução de investigações e auditorias, que são controles com o objetivo de comprovação de irregularidades, abusos ou crimes. Para que um fato seja considerado criminoso é necessário que ele se enquadre numa descrição prévia contida no Código Penal ou em leis especiais. A atividade jurídica é exercida pela Negrini Advogados Associados. As empresas do Grupo Negrini executam controles, seja a CNIS que se dedica a auditorias e investigações, seja a CN-MED, encarregada de perícias médicas e análises de contas e procedimentos médicos, seja a TI-MED, de tecnologia de informações para a atividade de assistência à saúde, seja a Negrini Torres, que é comissária de avarias, seja a Engerisc, de sistemas de segurança patrimonial e de gerenciamento de riscos.
Qual a principal meta do Grupo para fechar o ano de 2008?
A principal meta do Grupo para 2008 é aprimorar a qualidade de seus serviços, de seus sistemas de tecnologia de informação, de seus 600 funcionários internos. A qualidade por certo possibilitará a prestação de serviços a todas as carteiras do seguro bem como as empresas de outros segmentos econômicos.

Pare e Pense

"A independência do homem não se faz com atitudes radicais e inesperadas, e sim na coerência com que dirige sua vida."
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Um produto chamado indenização

Uma fábrica de geladeira, como é óbvio, vende e produz geladeiras. O produto da fábrica de geladeiras é o aparelho chamado geladeira. É com ele que ela fatura e ganha dinheiro. O mesmo raciocínio se aplica a uma montadora de automóveis, ou a uma siderúrgica, ou a qualquer outro tipo de indústria e comércio.
A geladeira, ou o produto, da seguradora é o pagamento da indenização do sinistro coberto. Ao contrário do que muita gente pensa, o prêmio não é um produto a ser fornecido, o prêmio é o pagamento pelo produto a ser entregue. Esta particularidade do pagamento antecipado por um produto que pode ou não ser entregue, faz com que as coisas, nas relações de seguros, se tornem menos óbvias do que numa transação industrial.
O prêmio é o preço pago pelo segurado para receber, caso necessite, a indenização decorrente de um sinistro coberto que o atinja. A indenização é a contraprestação da seguradora, ou seja, é o produto que ela deve entregar, caso aconteça a situação prevista na apólice.
Se, de um lado, o valor do prêmio é um rateio entre toda a massa segurada, levando em conta os riscos semelhantes que compõem uma determinada carteira de uma seguradora, a indenização é um pagamento individualizado, a favor de um segurado ou de um beneficiário, por conta da ocorrência de um determinado evento, previamente previsto no contrato.
Desta forma, temos que o prêmio de cada um integra um todo, constituído para fazer frente a eventos preestabelecidos, aleatórios, futuros, independentes da vontade do segurado, que, em acontecendo, causem prejuízos a um ou mais integrantes do grupo.
Este fundo, chamado mútuo, de propriedade dos segurados, é gerenciado pela seguradora, que para fazer isso recebe uma remuneração destinada a fazer frente a seus gastos e a dar-lhe um determinado lucro. Assim, o cálculo do prêmio é feito pela soma dos sinistros pagos com as despesas comerciais e administrativas e com a parcela destinada ao lucro.
É dele que a seguradora retira o dinheiro para pagar as indenizações. Se a precificação do seguro estiver correta, a seguradora não recorre a ativos próprios para fazer frente a sinistros cobertos. Quem os paga são seus segurados.
É por isso que, ao pagar um seguro, o segurado está assumindo o pagamento de parte dos sinistros de sua seguradora. E é também por isso que a seguradora não devolve o dinheiro do prêmio caso um determinado segurado não tenha sinistro em certo espaço de tempo. O dinheiro pago por ele não vai para uma conta individualizada, mas para o fundo comum, através do qual é possível fazer frente aos sinistros, com cada segurado pagando apenas uma parcela ínfima do total do valor que poderia ser seu prejuízo.
Mas a simples ocorrência de um evento não significa que a companhia de seguros indeniza o segurado automaticamente. Antes de fazer este pagamento, ela realiza um processo chamado regulação do sinistro, no qual verifica se o sinistro está coberto, se o prêmio está pago, se o segurado não perdeu o direito ao recebimento da indenização e o valor a ser pago pelos prejuízos sofridos.
Após a conclusão da regulação, estando tudo certo, a seguradora faz o pagamento da indenização, ou a liquidação do sinistro, que é a entrega de seu produto.
Atualmente, menos de 2% do total dos sinistros reclamados geram algum tipo de atrito entre seguradora e segurado. É um número bastante baixo, que, todavia, passa despercebido, porque ninguém fala do pagamento feito de acordo com as regras, mas todos se queixam quando deixam de receber o que acham devido.
Como só há notícia do assunto quando há problema, a sensação que se tem é que as seguradoras brasileiras não gostam de arcar com suas obrigações, levantando dificuldades de todos os tipos para pagar as indenizações. Todavia, se cada um de nós fizer um esforço de memória, verá que, na maioria das vezes, as pessoas que recorreram aos seus seguros receberam as indenizações normalmente.
*Antonio Penteado Mendonça é advogado e consultor, professor do Curso de Especialização em Seguros da FIA/FEA-USP e comentarista da Rádio Eldorado.

MANCHETES, EDITORIAIS E COLUNAS DOS PRINCIPAIS JORNAIS DO PAÍS

Pare e Pense

"Nesta vida pode-se aprender três coisas de uma criança . Estar sempre alegre , nunca ficar inativo e chorar com vontade pelo que se quer."
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Pare e Pense

"Ao recorrer aos amigos, devemos ter o tato de não lhe pedir o que nós mesmos não faríamos por eles."
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Pare e Pense

As virtudes do homem são como as estrelas do céu: algumas são fáceis de ver, mas outras requerem atenção para serem reconhecidas.
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Previdência: captação recorde

Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), o mercado de previdência privada fechou o primeiro semestre desse ano com alta de 23,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos primeiros seis meses de 2008, foram captados R$ 15,3 bilhões contra os R$ 12,4 bilhões de 2007.
O atual cenário econômico do país e a grande oferta de produtos são alguns dos principais responsáveis pelo boom do segmento. Para atender investidores com perfil para assumir riscos, por exemplo, a Porto Seguro Vida e Previdência lançou dois planos de previdência. Os produtos são voltados para Previdência Individual e Previdência Infantil, com modalidades de investimentos em renda variável 25 (RV25) e multimercado renda variável 45 (RV45).
"O desempenho das aplicações em renda variável durante o ano de 2007 e nos anos anteriores estimulou a busca dos investidores por planos mais arrojados", analisa Fábio Morita, diretor da Porto Seguro Vida e Previdência. Ainda de acordo com a FenaPrevi, o país já tem 7,6 milhões de pessoas que poupam através da previdência.

Pare e Pense

"Quando se fica mal humorado, afastamos as pessoas, em um ciclo que se renova com o passar do tempo. Nestes momentos devemos lembrar que somos os únicos que podemos reverter este caso."
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STJ provoca euforia no setor de seguros

Assinar uma apólice de seguro pode transformar-se em um gesto inútil para quem bebe e dirige. Além de perder o dinheiro pago pela apólice, o segurado corre o risco de não receber a indenização em caso de sinistro. O STJ (Superior Tribunal Federal) decidiu na semana passada que a esposa de um motorista, que morreu em um acidente por estar embriagado, não terá direito a receber o seguro de vida do marido. A decisão provocou euforia nas seguradoras e gerou polêmica entre advogados e especialistas. Em meio aos reflexos da Lei Seca, que pune com rigor quem bebe e dirige, a expectativa é que a embriaguez seja cada vez mais punida pela Justiça e anule qualquer cobertura de seguro.
No caso do seguro de vida, o Código Civil já dizia que o álcool era um agravante do risco. Ou seja, se provado que o consumidor cometeu algum dano por estar embriagado, ele (ou seu beneficiário) perde o direito à indenização. O problema é que a Justiça sempre vinha dando ganho para os segurados.
Agora, o mercado espera que a decisão do STJ abra precedente para casos semelhantes. "A decisão do STJ nos deixa mais tranquilos. A situação anterior era incabível", afirma Renato Russo, vice-presidente de vida e previdência da SulAmérica.
Nelson Emiliano, superintendente técnico da Mongeral, seguradora especializada na área de vida e previdência, avalia que a decisão tem reflexos positivos para toda a sociedade. "As pessoas vão ficar mais atentas antes de beber. A decisão é um fator a mais para trazer consciência."
Mesmo entre os corretores, que costumam ficar do lado do consumidor nos casos problemáticos, ela foi aprovada. "A decisão tem um lado positivo. Se a pessoa agravou o risco, perde o direito à indenização", diz Leoncio de Arruda, presidente do Sincor-SP, o sindicato dos corretores do estado. Para se fazer uma apólice de vida, há um questionário, semelhante ao seguro de automóveis, que traça o perfil do segurado. Dependendo da seguradora, há avaliação médica. Mesmo assim, essas apólices são as que mais dão problemas entre seguradoras e clientes, com constantes brigas judiciais.
Os especialistas não esperam reflexos nas vendas desse tipo de apólice após a decisão do STJ, embora haja o temor de que as pessoas desistam de fazer um seguro por conta do medo de não terem direito à indenização. No ano passado, o segmento movimentou R$ 10,5 bilhões em prêmios. Este ano, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) projeta volume de R$ 11,6 bilhões, crescimento de 10%.
"A decisão nada mais fez do que colocar o trem nos trilhos", diz o advogado Homero Stabeline Minhoto, vice-presidente da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP). Só no escritório de Minhoto, há nada menos que 5 mil processos na área de seguros.
Segundo Minhoto, foram vários exemplos de motoristas que morreram ao volante em consequência de acidentes e, mesmo com a indicação de alta concentração de álcool nos exames, os tribunais decidiram pelo pagamento do seguro de vida. Já no seguro de carro, a Justiça tem comportamento oposto. Quem dirige bêbado perde o direito de receber o seguro tanto do casco do automóvel, quando o de responsabilidade civil (que cobre danos a terceiros). Assim, Minhoto avalia que outros ramos do seguro vão se beneficiar da decisão. "Uma pessoa que causa um incêndio em casa por estar embriagada tem direito a receber o seguro?"
O corretor e professor Gustavo Mello, sócio da Correcta Seguros, vai na mesma direção. "A decisão do juiz poderia seguir o caminho de que nenhum seguro, de qualquer tipo, pode garantir cobertura de um ato ilícito, como é beber e dirigir." Para ele, porém, é preciso evitar abusos das seguradoras, que vão tender a pedir mais exames para tentar comprovar a ingestão de álcool e assim evitar pagar o sinistro.
Já o advogado Ernesto Tzirulnik questiona a decisão. Ele argumenta que até os beneficiários de um segurado que cometeu o suicídio têm direito à indenização. "O conceito de agravamento de risco é um conceito perigoso", diz ele. Para ele, é preciso avaliar caso a caso as situações de embriaguez.

MANCHETES, EDITORIAIS E COLUNAS DOS PRINCIPAIS JORNAIS DO PAÍS

Previdência e longevidade

A previdência complementar é um dos assuntos mais falados do momento. Ter ou não ter, quando e como fazer, são dúvidas para muitos brasileiros. O segmento está em plena expansão e de olho nos jovens e nas camadas mais populares. Mas a questão principal é: o brasileiro hoje vive mais e logo, precisa se preparar melhor financeiramente para encarar o futuro.
Atentas a esse cenário, empresas do setor colocam o assunto em pauta. Na semana passada, a Bradesco Vida e Previdência organizou o III Fórum da Longevidade com o objetivo de chamar atenção para a mudança nos hábitos de vida de pessoas com mais de 60 anos. Na ocasião, a companhia também anunciou o lançamento da Pesquisa Nacional sobre Longevidade 2008/2009, que será realizada pelo Instituto Data Popular.
Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o cientista social José Carlos Libânio, que estará à frente da pesquisa, destacou que 10% da população brasileira já ultrapassaram os 60 anos de idade. A previsão é que esse percentual chegue aos 24%, ou seja, 24 milhões de sexagenários em 2050.

Pare e Pense

"Há cinco degraus para se alcançar a sabedoria : Calar, ouvir, lembrar, sair, estudar."
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Pare e Pense

"Quem troca um pouco de liberdade por um pouco de segurança, não merece nem liberdade e nem segurança."
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Por que o preço do seguro varia

Em função dos meus dois últimos artigos publicados nessa coluna semanal, o corretor de seguros Henrique Elias me pediu que escrevesse um terceiro, usando o exemplo das geladeiras, para explicar porque o preço do seguro varia de apólice para apólice, inclusive quando se tratam de apólices iguais, emitidas pela mesma companhia de seguro.
Confesso que achei o tema redundante mas, depois, pensando melhor, conclui que o corretor está certo e que o assunto pode ser um pouco mais explicado.
Toda geladeira, em princípio, gela, por isso mantém os alimentos conservados por mais tempo e faz gelo. Também costumam ser um grande armário hermeticamente fechado, com uma ou mais portas, que a pessoa instala na sua copa ou cozinha.
Mas as semelhanças acabam aí. E as geladeiras, em função da marca, de suas características como tamanho e material utilizado, da forma como são comercializadas, da loja, da localidade, da garantia, etc., podem ter grandes diferenças de preço, até quando se trata de dois aparelhos exatamente iguais.
Uma loja que compra maiores quantidades de geladeiras costuma ter preços melhores das indústrias. Um financiamento com prazos mais longo costuma ter juros mais altos e promoções bancadas pelos revendedores podem diminuir estes custos. E por aí vamos, com outros fatores como frete, seguro, armazenamento, impostos, aluguéis, etc., também interferindo no preço final do produto.
Com os seguros acontece exatamente a mesma coisa, mas com algumas agravantes. A primeira é que, ao contrário das geladeiras, não existem seguros iguais. Existem seguros semelhantes.
Ainda que as apólices sejam comercializadas pelo mesmo canal, tenham o mesmo clausulado, os bens segurados sejam idênticos e os riscos contratados também, ainda assim os seguros não serão iguais, mas apenas semelhantes.
Não existem dois segurados iguais porque não existem duas pessoas iguais. Então não existem riscos iguais. E as diferenças entre os riscos impedem que existam dois seguros iguais.
Tendo isso claro, vale avançar na direção de outras premissas que impactam os preços dos seguros. A diferença entre as seguradoras é um fator importante. Os serviços oferecidos e o atendimento dado ao segurado têm custos diferentes. O canal de distribuição do seguro interfere no preço final. O local do risco ou da contratação do seguro também interfere.
Além disso, promoções para aumentar a participação da seguradora no faturamento de uma carteira, sinistralidade inesperada, seguros mal precificados, bônus dos segurados, descontos em função de outros seguros, campanhas de marketing usando apólices de seguros como diferencial podem fazer com que os preços de determinados seguros oscilem ao longo do tempo.
RISCOS
Alguns anos atrás, eu fiz uma palestra num evento para corretores de seguros, patrocinado por duas seguradoras. Comparando as patrocinadoras, eu chamei a atenção para o fato de ali termos dois exemplos opostos, um de uma seguradora bem sucedida e outro de uma seguradora fadada a desaparecer.
Apesar de ser criticado por alguns participantes, principalmente pela minha falta de cortesia com quem pagava a festa, menos de um ano depois a seguradora que eu previ que quebraria foi liquidada pela Susep.
As razões eram óbvias: uma companhia pequena, querendo ganhar volume rapidamente e que por isso pagava comissões de corretagem muito acima das praticadas pelo mercado, trabalhava com corretores pouco idôneos, aceitando riscos mal selecionados e oferecendo seguros com preço muito abaixo do real.
Hoje, em função do trabalho da Susep e da profissionalização do mercado, este quadro dificilmente se repetiria, mas não custa nada o segurado prestar atenção em quem ele está confiando. Quem é a seguradora, quem o está assessorando e o que ele está comprando. Seguro é contraprestação futura.
Ou seja, o segurado paga antes para receber depois. Se lhe oferecerem um negócio mirabolante, desconfie. Não se esqueça que bom atendimento tem preço. E que a seguradora e o corretor de seguros só podem trabalhar bem se ganharem mais do que gastam no dia a dia.
Antonio Penteado Mendonça é advogado, sócio de Penteado Mendonça Advocacia, professor da FIA-FEA/USP e do PEC da Fundação Getúlio Vargas(FGV) e comentarista da Rádio Eldorado.

MANCHETES, EDITORIAIS E COLUNAS DOS PRINCIPAIS JORNAIS DO PAÍS

Pare e Pense

"Quem vai em busca dos montes não se detém a recolher as pedras do caminho."
(Josué Martí)

Lei seca: novos bafômetros deverão chegar em 15 dias

Data: 16.09.2008 - Fonte: Jornal do Dia Online Cidade SE

Nos próximos 15 dias o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) deverá receber quatro novos bafômetros, que serão utilizados nas operações de fiscalização de trânsito, que inclui também as ocorrências enquadradas na Lei 11.705/2008, conhecida como Lei Seca. Os equipamentos deveriam ter chegado há um mês, porém a falta de uma substância líquida fornecida exclusivamente pelo Inmetro ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (Ipen/SP), órgão responsável pela aferição dos aparelhos, ocasionou este atraso.A falta dessa substância no mercado brasileiro também provocou paralisação de diversas ações voltadas para à fiscalização da Lei Seca em vários Estados , incluindo Sergipe. Ao todo, encontram-se para aferição no Inmetro cerca de 160 aparelhos relativos às doações feitas pela Seguradora Líder DPVAT. Apesar de fundamental para a redução dos acidentes de trânsito no país e aprovada pela imensa maioria da população, a entrada em vigor da nova legislação, no final de junho, pegou de surpresa a indústria nacional e o próprio Inmetro, ocasionando atrasos nas aferições dos bafômetros.Com a chegada dos quatro aparelhos que já se encontram para aferição no Inmetro, com previsão para os próximos 15 dias, e também dos 10 novos que foram solicitados à Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg), totalizando 14 bafômetros, rapidamente nós estaremos com todas as condições de executar as operações aqui no Estado, informou o assessor de Comunicação Social e Marketing do Detran, André Carvalho.Desde que a Lei Seca entrou em vigor, em 20 de junho, até o dia 15 de setembro, 54 pessoas foram autuadas em Aracaju, segundo dados da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran). Destes, 22 foram flagrados dirigindo com o limite de álcool por litro de sangue igual ou superior a seis decigramas, aferido pelo bafômetro e estão respondendo judicialmente sobre o crime.

Esclarecimentos ao mercado

O Unibanco, na condição de controlador da Unibanco AIG Seguros & Previdência, tem a comentar o seguinte, com relação ao noticiário envolvendo o American International Group (AIG), seu sócio na companhia:
A Unibanco AIG funciona sob supervisão dos órgãos reguladores do Brasil e suas reservas técnicas, tanto de seguros como de previdência, estão aplicadas em títulos negociados no mercado nacional.
Os planos de previdência da Unibanco AIG, sejam PGBLs ou VGBLs, não detêm títulos de empresas no exterior.
A participação do AIG na Unibanco AIG se dá somente de maneira societária. E por ser a Unibanco AIG uma empresa independente, ela não sofre interferência dos resultados do AIG.
Atenciosamente,
José Rudge
Membro do Comitê Executivo do Unibanco

No Brasil, seguro não deve sentir reflexo da crise com o AIG

Regras exigem operação financeira independente de matriz no exterior
Daniele Carvalho

A crise vivida pela seguradora americana AIG (American International Group) não deve ter reflexos negativos imediatos no mercado segurador nacional. Apesar de o grupo atuar no Brasil, por meio de uma parceria com o Unibanco, as regras do mercado brasileiro exigem que a operação financeira de multinacionais do setor seja independente da de suas matrizes. Por conta disso, as garantias e reservas técnicas ficam, obrigatoriamente, alocadas no País.
"Não há risco de contaminação", afirma o presidente da Federação Nacional das Corretoras de Seguro (Fenacor), Roberto Barbosa. Em sua avaliação, a única conseqüência da crise da matriz da AIG para o Brasil poderia ser a venda do ativo. "Pode ocorrer de a AIG decidir vender ativos ao redor do mundo para sair da dificuldade. Nesse caso, acho que haveria o interesse de grupos nacionais e internacionais em adquirir a operação de seguros da empresa no Brasil", diz ele, que classificou a AIG-Unibanco como "um grupo sólido".
Um dos atrativos a possíveis interessados, segundo especialistas do setor, seria o forte ritmo de crescimento do mercado segurador brasileiro. Dados da Federação Nacional das Empresas de Seguro Privado e Capitalização (Fenaseg) revelam que o setor movimentou R$ 84,3 bilhões em 2007. Para este ano, as estimativas são de que o montante passe para R$ 98,3 bilhões, o equivalente a uma expansão de 16%. Para 2009, as transações podem chegar a R$ 124 bilhões.
O grupo AIG também opera no Brasil no segmento do resseguro. Os negócios na área são feitos por meio de duas empresas, a Transatlatic-re e a AIU, esta última mais voltada para grandes riscos industriais. O diretor da Associação Brasileira de Empresas de Resseguro (Aber), Cid Andrade, avalia que a crise da AIG nos EUA diz respeito à continuidade das operações da empresa, mas não há risco de contratos não serem honrados. "As reservas e provisões já estão feitas", diz.

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Pare e Pense

"Tentar é arriscar-se ao fracasso. Mas os riscos têm que ser corridos, pois o maior perigo na vida é não arriscar nada ."

(Leo Buscaglia)

Unibanco tem preferência para comprar parte de seguradora americana no país

O Unibanco tem preferência para comprar a parte da AIG (American International Group) na seguradora no Brasil, caso a empresa americana venha a se desfazer de seus ativos no país, disse Zeca Rudge, presidente da Unibanco AIG.
Isso significa que a AIG não poderá vender essa participação no Brasil para nenhum outro interessado. O Unibanco tem 52% do capital votante da seguradora, e a AIG, 48%.
Com a injeção de capital na seguradora, o Fed disse que levantará dinheiro com a venda de ativos da empresa -o que poderia incluir a participação no Brasil.
Mesmo se a seguradora viesse a pedir concordata nos EUA, o Unibanco seria obrigado a comprar essa participação, que iria para o liquidante. Como mostrou reportagem da Folha ontem, o Unibanco pode ficar com essa participação. O mesmo também pode acontecer com as operações da Merrill Lynch no Brasil, que poderão ser associadas ao Itaú, parceiro do Bank of America no país.
Questionado se a AIG já teria oferecido essa participação para o Unibanco, o presidente da seguradora não comentou.
"Claro que estamos olhando para todas as oportunidades que surgirem. Esse [a venda para o Unibanco] é um caminho natural", disse Rudge.
O Unibanco AIG enviou carta aos clientes no Brasil, em que mostrou que a seguradora tem operação independente da matriz e que as reservas técnicas são aplicadas em títulos negociados no Brasil e sob a supervisão da Susep (Superintendência de Seguros Privados).

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Os seguros do Brasil contra a crise

E muito cedo para comemorar, mas o Brasil demonstra, de fato, mais preparado para enfrentar a atual crise externa. Os fundamentos da economia estão mais sólidos do que no passado e as vulnerabilidades, menores. Isto, talvez, explique o comportamento de uma parcela dos investidores estrangeiros que, em vez de deixar o país, estão saindo da bolsa e se refugiando em títulos públicos, à espera de dias melhores no mercado. O Tesouro Nacional, por seu turno, acumulou, para uma possível emergência, reserva estimada entre R$ 100 bilhões e R$ 165 bilhões, dinheiro suficiente para cobrir de três a cinco meses de vencimentos das dívidas interna e externa.
Uma boa fatia dos investidores estrangeiros está tirando dinheiro da Bovespa e remetendo-o ao exterior para cobrir prejuízos sofridos com o vendaval no mercado americano - até segunda-feira, a bolsa havia perdido US$ 340 bilhões em 2008; ontem, fechou em alta, mas o estrago ainda é muito grande. Por outro lado, os investidores que não estão com a corda no pescoço continuam achando o Brasil uma das melhores opções neste momento. Há razões objetivas para apostar no pais.
Em maio de 2006, quando o mercado financeiro mundial sofreu o primeiro dos três grandes abalos dos últimos dois anos, o Tesouro teve dificuldades para rolar a divida pública.O mercado, assustado com uma possível crise na China, perdeu a referência de preço. Em meio ao nervosismo, o governo foi obrigado a fazer um leilão de recompra de papéis, aproveitando folga de caixa que possuía na ocasião.
Em agosto de 2007, quando ocorreu um novo estresse, dessa vez, motivado pela crise das hipotecas americanas de alto risco, o Tesouro já não precisou fazer leilões de recompra porque os fundamentos da economia eram melhores do que os de 2006 e a confiança no Brasil, portanto, maior do que antes. De um ano para cá, os principais indicadores de solvência voltaram a melhorar.
Em 2006, o setor público consolidado (União, Estados e municípios) fez economia em suas contas, excluídos os gastos com juros, equivalente a 3,86% do PIB. Em 2007, essa economia aumentou para 3,97% do PIB, mas, no fim do ano, surgiram dúvidas quanto ao desempenho fiscal do ano seguinte, afinal, o Congresso não aprovou a prorrogação da CPMF e, por causa disso, o governo central perdeu R$ 40 bilhões em recursos.
Ao longo de 2008, ficou claro, no entanto, que a receita perdida não fez falta, uma vez que, movida principalmente pelo crescimento acelerado da economia, a arrecadação dos impostos vem batendo recordes sucessivos. O governo tomou, então, a sábia decisão de elevar a meta de superávit primário para 4,3% do PIB - nos 12 meses concluídos em julho, a economia total do setor público chegou a 4,38% do PIB.
O déficit nominal das contas públicas, que leva em conta o gasto com juros, caiu desde 2006-de 2,90% para 1,86% do PIB (fluxo de 12 meses em julho). A inflação medida pelo IPCA, que, em termos anualizados, ameaçou chegar a dois dígitos em junho, perdeu o impeto nas últimas semanas, caindo a 3,41% - esta não é, de forma alguma, uma batalha ganha, mas as vitórias recentes não são desprezíveis.
A divida pública, em proporção do PIB, diminuiu de 44,72% em 2006 para 40,59% em julho passado.Trata-se de outra boa notícia.O que se deteriorou no período foi o saldo em transações correntes. De um superávit de USS 13,643 bilhões há dois anos, o Brasil deve amargar em 2008, segundo estimativa do Banco Central (BC), saldo negativo de 1,41% do PIB. As condições de financiamento desse déficit são, entretanto, muito distintas das que o pais enfrentou no passado.
Os investimentos estrangeiros diretos estão Financiando com folga o saldo negativo das contas externas. Entraram no país nos 12 meses concluídos em julho, nessa modalidade de investimento, US$ 30,061 bilhões. No mesmo período, o déficit em conta corrente atingiu US$ 19,494 bilhões. O país dispõe ainda de um seguro importante - as reservas cambiais, que chegaram a US$ 207,5 bilhões na segunda-feira e somavam, em dezembro de 2006, US$ 87,8 bilhões.
Nesse cenário, e diante do fato de que o pais ainda paga aos investidores em títulos públicos um dos juros mais altos do planeta, não há motivos, pelo menos para aqueles que não precisam tirar dinheiro agora para cobrir perdas lá fora, para deixar o Brasil. Nas últimas semanas, a demanda de estrangeiros por papéis do Tesouro diminuiu, mas não houve corrida para desinvestir.O estoque de títulos com dez anos de vencimento, lançados pela primeira vez em janeiro de 2007, chegou a R$ 17 bilhões, um valor expressivo. Como os estrangeiros estão saindo da bolsa e a participação em título público não está caindo, no governo conclui-se que eles não estejam saindo do país.
O Tesouro tomou duas decisões importantes. A primeira foi acumular um colchão de liquidez suficiente para resgatar papéis da divida pública interna e externa por um período de três a cinco meses. A medida se justifica. Num cenário de crise aguda, o governo pode não conseguir rolar a divida. A reserva no caixa é mais uma garantia para momentos difíceis.
Em agosto, o Tesouro flexibilizou suas metas de alongamento dos prazos de vencimento da divida para 2008. Reduziu a faixa admitida para o aumento do estoque, de R$ 1,48 trilhão-R$ 1,54 trilhão para R$ 1,36 trilhão-R$ 1,42 trilhão, e passou a tolerar uma participação maior de títulos pós-fixados atrelados à Selic - de 25%-30% para 31%-34%. No que diz respeito aos títulos prefixados, adotou uma meta menos ousada, reduzindo a faixa de 35%-40% para 29%-32%.O momento exige prudencia. Forçar o mercado poderia acarretar custos adicionais de rolagem da divida.
O Brasil, evidentemente, não é uma ilha de prosperidade. A crise já chegou ao país. O crédito externo está mais caro e escasso. O real sofreu uma boa desvalorização frente ao dólar nos últimos dias--de R$1,60 para R$1,82-, o que poderá pressionar a inflação mais adiante, obrigando o BC a estender o ciclo de aperto monetário, o que, por sua vez, reduziria a taxa de crescimento da economia nos próximos meses.
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Tesouro acumula "colchão" de até R$165 bi
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Cristiano Romem é repórter especial e escreve às quartas-feiras.
E-mallcristiano.romem@valor.com.br

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EUA estatizam 3ª maior seguradora do mundo

Data: 17.09.2008 - Fonte:

Fonte: Fonte O Globo BC americano injeta US$ 85 bi na AIG e fica com 80% das açõesEm mais um capítulo da crise americana, o Federal Reserve decidiu injetar US$ 85 bilhões para salvar a AIG, a maior seguradora dos EUA e a terceira do mundo, com US$ 1,06 trilhão de ativos. Em troca, ficará com 80% das ações da empresa. A estatização foi o caminho escolhido após tentativas de transferir a AIG para o Goldman Sachs ou o JP Morgan. No Brasil, a Unibanco AIG é a quarta maior seguradora do país, com 600 mil clientes de planos de previdência e três milhões de apólices de seguro de vida. Antes do anúncio do Fed, o Unibanco informava que poderia assumir a participação da AIG no Brasil. O banco britânico Barclays concluiu a operação de compra de algumas operações do Lehman Brothers por US$ 2 bilhões, mas os detalhes devem ser conhecidos hoje. Ontem o dia foi de recuperação de mercados: a Bovespa subiu 1,68% e o Dow Jones, em Nova York, 1,30%. Páginas 25 a 31, Míriam Leitão, Merval Pereira, Negócios & Cia e editorial “Precauções

Por que salvar a seguradora AIG

Data: 17.09.2008 - Fonte:
Fonte: O Globo Economia RJCAUSAS DA CRISE:
As seguradoras reaplicam o dinheiro que recolhem em prêmios em diferentes investimentos. A idéia é fazer mais dinheiro e manter o valor dos prêmios baixo para atrair clientes. A AIG apostou pesado em títulos lastreados em empréstimos subprime (de alto risco). Com a inadimplência nos financiamentos, o valor desses papéis caiu. Até setembro, seu prejuízo superou US$ 18 bilhões no ano.A AIG é a maior seguradora dos EUA. Quando uma empresa de seguros passa por problemas financeiros, o órgão regulador - que, nos EUA, é estadual - assume o controle e se responsabiliza pelas apólices. Além de ativos da empresa, utiliza um fundo garantidor formado por diversas seguradoras, cujos reembolsos têm um teto que varia em cada estado. Isso também se aplica a planos de previdência.As ações da AIG estão em muitos fundos de investimento, e nos índices S&P 500 e Dow Jones (da Bolsa de NY). A AIG também é ativa em negociação de títulos de dívidas de má qualidade, assumindo responsabilidade do pagamento. O Lehman era outro grande negociador deste tipo de papel. Se ambos quebrassem, faltaria crédito para consumidores e empresas.

Os bastidores do resgate da gigante AIG

Durante três horas na terça feira à noite, a diretoria da American international Group Inc. debateu intensamente a oferta do governo americano: um empréstimo de US$ 85 bilhões, em troca da cessão do controle da seguradora.
Os diretores ficaram muito espantados com essa proposta tão "onerosa", como definiu um deles. Também reagiram mal à ordem de substituir o diretor-presidente Robert Willumstad e protestaram contra o tratamento, que consideraram muito severo, por parte do governo federal. Um dos diretores disse que estava se sentindo "violado".
"Não é papel do governo federal adquirir uma enorme empresa privada", disse Martin Feldstein, um dos diretores da AIG e ex consultor econômico do presidente Ronald Reagan. Enquanto a diretoria debatia se era melhor arriscar um pedido de falência - que poderia causar o caos nos mercados financeiros globais - Willumstad definiu claramente o dilema. "Temos duas opções igualmente ruins", disse ele à diretoria, segundo uma autoridade da AIG. "Podemos pedir falência amanhã de manhã, ou então aceitar a oferta do Fed hoje à noite". Às 19h50 Willumstad deu um telefonema e aceitou a proposta.
A onda que tomou conta de Wall Street neste fim de semana continuou a atingir o sistema financeiro, e na terça-feira acabou derrubando uma das maiores seguradoras dos Estados Unidos. Ainda não é claro onde vai parar essa devastação. O resultado desses dias tumultuados, até o momento, é que o governo americano assumiu o controle da AlG, assim como das gigantes hipotecarias Fannie Mae e Freddie Mac - em acordos realizados sem a aprovação do Congresso e com muito pouca análise preliminar das contas. Duas veneráveis firmas de Wall Street, Lehman Brothers Holdings Inc. e Merrill Lynch l' Co., também foram obrigadas a sair de cena.
Como mostra o colapso da AIG, as firmas fracas continuam sendo as mais vulneráveis, e seu fim pode chegar muito depressa. A tomada da empresa pelo Federal Reserve, o banco central americano, não estava em pauta antes da sexta feira. Durante o fim de semana, Willumstad queixou-se aos colegas que as autoridades governamentais não estavam levando seus avisos a sério. No sábado, o Secretario do Tesouro Henry Paulson disse aos banqueiros interessados em financiar a AIG que o governo não tinha "uma noção clara da extensão do problema".
Na terça-feira, como não havia propostas de financiamento privado, as autoridades federais concluíram que o risco de deixar a AIG abrir falência seria maior do que os frágeis mercados financeiros poderiam suportar. Essa última operação de salvamento,
porem, provocou uma reação excepcionalmente vigorosa por parte do congresso. Vários parlamentares temiam que a crise estivesse saindo fora de controle, levantando dúvidas sobre qual será a envergadura das futuras ações do governo federal.
Em muitos aspectos, a AlG estava saudável. O problema surgiu dos prejuízos em uma divisão que vendia um tipo complexo de derivativo, chamado swap de credito, destinado a proteger os investidores contra a inadimplência em toda uma série de ativos, inclusive hipotecas de alto risco. 05 prejuízos de US$ 18 bilhões obrigaram a AIG a apresentar bilhões de dólares como caução, causando grave erosão em seus recursos financeiros. O rebaixamento ditado pelas agencias de classificação de risco e a pressão implacável que derrubava o preço das ações exacerbaram a posição da empresa, jã periclitante.
Em 15 de junho Willumstad assumiu como diretor-presidente. Desde que foi preterido para o cargo mais alto no Citigroup, Willumstad sempre quis dirigir uma grande empresa, e garantiu à diretoria que até inicio de setembro apresentaria um plano de ação, para decidir em quais ramos a AIG deveria continuar atuando.
No entanto, o turbilhão financeiro que se seguiu matou esse cronograma. No início de Setembro Willumstad decidiu que a AIG precisava levantar capital rapidamente, depois de descobrir que havia bilhões em prejuízos resultantes da crise imobiliária. "Os buracos que temos que tapar são grandes demais, e precisamos levantar capital", disse ele a Jamie Dimon, diretor-presidente da JPMorgan Chase e seu ex-colega do Citigroup.
No início da semana passada Willumstad foi conversar com Timothy Geithner, presidente do Federal Reserve (banco central) de Nova York. Como seguradora, a AIG não tinha acesso às operações de empréstimo especial de emergência do Fed, e Willumstad queria discutir esse assunto. Geithner perguntou como estava a situação da AIG e Willumstad respondeu que a seguradora passava por "graves problemas de liquidez".
Durante a semana a crise da AIG se agravou. A firma tentou seguir seu objetivo de divulgar umplanoderecuperaçãoem25 de setembro. No entanto, suas ações caíram 31% na sexta-feira e a Standard & Poor's advertiu que poderia rebaixar sua classificação de crédito, dificultando ainda mais qualquer obtenção de empréstimo.
Ela tinha o fim de semana para conseguir fundos e continuar operando - mas encontrou secos os mercados que até pouco tempo atrás estavam abundantes. O resultado foi a maior de uma série de ações recentes do governo para Socorrer Wall Street -e os mercados globais.

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Susep lança alerta sobre golpes contra segurados

Data: 18.09.2008 - Fonte: CQCS / Jorge Clapp

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) está alerta diante do recrudescimento da ação de quadrilhas de falsários e estelionatários, que tentam ludibriar consumidores. A autarquia adverte que entre os golpes mais aplicados está a oferta do resgate de seguros e planos de previdência adquiridos no passado, mediante o pagamento prévio de valores a título de custas para liberação do resgate. Na maioria dos casos, quando do contato feito pelos estelionatários, as empresas onde os seguros foram contratados já encerraram suas atividades, encontrando-se sob regime de liquidação extrajudicial. Contudo, os liquidantes, designados pela Susep para vender os ativos das empresas em liquidação com o objetivo de pagar os credores (incluindo os segurados e beneficiários), em nenhuma hipótese solicitam pagamento prévio de qualquer valor para liberação de benefícios, e quando é feito contato com qualquer pessoa para recebimento de valores, este é feito de maneira formal, normalmente por carta ou edital. Portanto, qualquer ligação telefônica, e-mail, ou contato feito por pessoa se identificando como servidor da Susep, onde seja solicitado qualquer tipo de pagamento para resgatar direitos referentes a planos contratados no passado, trata-se de tentativa de golpe, e deve ser denunciado imediatamente. A Susep disponibilizou, inclusive, um espaço exclusivo para denúncias e esclarecimento de eventuais dúvidas dos consumidores, através do link: http://www.susep.gov.br/faleconosco/faleconosco.aspNesse endereço, o denunciante pode indicar o assunto, entre as opções “Informações sobre Legislação e Normas relativas aos mercados de Seguros, Capitalização e Previdência Complementar Aberta”; “Atendimento ao público”; “Questionamentos sobre Seguros, Capitalização, Previdência Complementar Aberta, Corretores ou Empresas de Corretagem”; “Informações sobre estatísticas dos mercados controlados, boletins, envio de dados estatísticos (Circular 197/02), sistemas Autoseg e de Crítica de Dados”; “Solicitação de Audiência ou Reuniões com agentes públicos em exercício na Susep, formulada por particulares de entidades supervisionadas ou não”; “Sugestões e problemas técnicos relativos ao website”.As fraudes também preocupam o setor privado. Segundo levantamento feito pela Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg), em 2007 houve R$ 1,5 bilhão em sinistros suspeitos de fraude. Essa cifra é equivalente a 9,9% do valor total dos sinistros e a 5,9% dos prêmios ganhos pelas seguradoras. Ainda de acordo com a entidade, o valor das fraudes comprovadas somou cerca de R$ 220 milhões, representando 14% do valor dos sinistros suspeitos.Esses dados foram apurados pelo 5º Ciclo do Sistema de Quantificação da Fraude (SQF), que engloba todos os ramos de seguro, com exceção de saúde e a previdência complementar aberta. O SQF é uma iniciativa implementada pela Fenaseg desde 2004, e divulga uma inédita série histórica da estimativa de fraudes no mercado brasileiro.A adesão das seguradoras vem crescendo anualmente. Neste 5º Ciclo, atingiu 94% em participação do mercado de seguros e 85% em respostas consideradas.

Campanha no ar pretende estimular adesão do corretor

A campanha publicitária da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) para divulgar o Código de Ética da categoria, que é facultativo, começou a ser veiculada nesta quinta-feira, em programa na Rede TV. A peça traz o ator Tarcísio Meira como âncora e depoimentos sobre o código apresentados pelos presidentes da Fenacor, Roberto Barbosa; da Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg), João Elisio Ferraz de Campos; e da Escola Nacional de Seguros (Funenseg), Robert Bittar, além do titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Armando Vergilio dos Santos Júnior.
De segunda-feira próxima a quinta-feira, uma nova peça será divulgada nos intervalos do Jornal Nacional. Neste caso, o ator Tarcísio Meira aparecerá de pé, diante de um fundo branco coberto por palavras como ética e responsabilidade, falando sobre a importância do código e incentivando o consumidor a contratar seguros só com o corretor que tenha aderido aos preceitos dos documento.
ADESÃO. Roberto Barbosa adianta que a expectativa é que 90% dos corretores de seguros em atividade no País subscrevam o código até o final do ano, embora essa adesão seja voluntária. Já o diretor da Fenacor, Paulo Thomaz, a campanha, criada pela agência Estratégica e que custará R$ 4 milhões, terá a duração de um ano e prevê veiculação de mensagens nos principais veículos de comunicação do País.

Redução fiscal eleva em 33% procura por seguro de vida

O mercado brasileiro de seguros deverá crescer 18% em 2008 e atingir R$ 88 bilhões em prêmios, enquanto a receita das maiores seguradoras e corretoras pode fechar o ano na casa dos R$ 108 bilhões. As projeções são do economista Alexis Cavichini, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
De acordo com o especialista em seguros, os números são puxados pelo segmento Pessoas, que engloba os produtos vida em grupo, vida individual, acidentes pessoais, prestamista, educacional, funeral e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
Nesse cenário, o VGBL será um dos carros-chefe do setor, pois oferece benefício fiscal aos contribuintes brasileiros, como a dedução parcial do Imposto de Renda em relação ao montante investido no plano. Pelos cálculos de Cavichini, o produto em 2008 terá um desempenho 33,66% superior ao de 2007. "Os prêmios do VGBL saltarão tranqüilamente de R$ 20,2 bilhões para até R$ 27 bilhões, com a aproximação da entrega da declaração do IR muitas pessoas decidem colocar seu dinheiro no VGBL em busca de um desconto na carga tributária", explica Cavichini. No primeiro semestre, a captação do VGBL gerou R$ 11,4 bilhões.
"Para uma família que recebe entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil o VGBL pode não compensar muito, porque a alíquota do IR é mais baixa. A dedução é mais alta para aqueles com rendimento acima de R$ 3 mil, R$ 4 mil, quando a alíquota chega em 27,5%", explica Cavichini.
Campanha de final de ano
O especialista diz ainda que as aplicações no VGBL chegam a subir até 50% nos meses de dezembro e dezembro com o pagamento do 13º salário. "As aplicações podem crescer acima dos 33% previstos se os bancos conseguirem o mesmo sucesso do ano passado em suas campanhas publicitárias, afinal as pessoas também precisam ser lembradas e estimuladas a dar um passo a mais e receber uma boa orientação na aplicação de seus recursos".Ao longo de todo o ano passado, a média mensal das aplicações em VGBL girou em torno de R$ 1,5 bilhão. A partir de setembro, a trajetória dos investimentos ascendeu acima do valor médio, fechando dezembro com um montante de R$ 2,604 bilhões, uma expansão de 73%.
Os produtos do segmento vida já registram participação de 51% do resultado consolidado do mercado de seguros do País.

Previdência privada
De acordo com dados divulgados pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), o setor captou R$ 15,3 bilhões no primeiro semestre de 2008, o que significa uma expansão de 23,3% sobre o mesmo período do ano passado.
As provisões do sistema atingiram R$ 132,5 bilhões no semestre, com alta de 24,11% em relação à mesma posição registrada em 2007 - R$ 106,8 bilhões. Há cerca de 7,6 milhões de participantes do sistema de previdência privada no País.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(Luciano Máximo)