sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Comitê organizador contrata apólices

Várias apólices de seguros foram contratadas pelo comitê organizador da XXIX Olimpíada. A primeira parceria foi fechada em 2005, com a PICC Property and Casuslty Company Limited (PICC P&C), a maior seguradora estatal de ramos elementares da China.
A indústria de seguros é uma importante peça dentro de eventos dessa grandeza. A corretora de seguro inglesa JLT já foi contratada pelo comitê olímpico para fazer a consultoria e gerenciamento de risco da próxima olimpíada, que acontecerá em Londres, em 2012. Ela é responsável por fazer o seguro das construções necessárias para os jogos, como parque aquático, estádio olímpico e outros locais previstos dentro da infra-estrutura básica do evento.
Vários riscos foram levantados pela indústria de seguros e para aqueles considerados catastróficos foi contratado um seguro.

Evitar danos

Neste tipo de evento, o programa de seguros visa garantir danos causados a terceiros com a realização do evento, danos causados por catástrofes naturais, como terremotos, e atentados terroristas. Os participantes do evento, desde empresas de alimentação até canais de teve, também contratam suas apólices à parte.
Pouco foi divulgado sobre valores contratados pela seguradora chinesa. Entre os executivos de seguros, comenta-se que o governo chinês deve ter assumido boa parte do risco de propriedades. Já o risco de responsabilidade civil passou por algumas seguradoras internacionais. A apólice começou a vigorar em janeiro de 2007 e termina pouco depois dos jogos olímpicos.

Cobertura

Entre as principais coberturas estão responsabilidade civil para indenizar terceiros prejudicados com a realização do evento, seja por produtos, profissionais tercerizados ou funcionários, montagem e desmontagem de estruturas e equipamentos. Estão cobertos riscos por contaminação de alimentos, direitos autorais, segurança e serviços médicos, bem como cobertura de acidentes pessoais para os 10,5 mil atletas previstos na participação do evento.
Uma apólice importante é a da não realização do evento, conhecida como "no show". Atualmente, a capacidade máxima ofertada no mercado segurador por risco de cancelamento é de US$ 1 bilhão. Este tipo de apólice cobre prejuízos que investidores possam vir a ter com a não realização do evento ou de parte dele. Se os espectadores de algum dos jogos, por exemplo, ficarem impossibilitados de chegar ao local ou os jogadores ficarem impedidos de jogar, os custos da promotora com a devolução do valor do ingresso ou de agendamento de uma nova data, corre por conta do seguro. A apólice também cobre os custos com a demanda dos patrocinadores, que geralmente pedem de volta o valor pago na publicidade de veiculação televisiva daquela partida.
(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 2)(Denise Bueno)

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