terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Brasileiros vivem mais

Uma recente pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que a expectativa de vida do brasileiro aumentou cinco anos e meio de 1991 a 2007. De acordo com o estudo, de 2006 a 2007, esse crescimento foi de três meses e 14 dias, oscilando de 72,28 anos para 72,57 anos. A Seguro em Pauta procurou dois especialistas em seguro de pessoas para identificar o impacto da pesquisa no produto vida.
O conselheiro do Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro, Lúcio Marques, acredita que, atualmente, a sociedade se preocupa com alimentação saudável e uma saúde mental e corporal, aumentando assim, a perspectiva de vida. “Esse crescimento é uma conseqüência natural dos hábitos do mundo moderno. Há uns trinta anos, uma pessoa de sessenta anos era considerada idosa. Nos dias de hoje, esse mesmo público curte a vida sem se preocupar com a idade”, explica o especialista, enfatizando que existe uma tendência de mais crescimento para o futuro e que as seguradoras precisam se preparar.
“A população com mais de 80 anos representa 18,5% da sociedade brasileira. Se parássemos para analisar uma tendência para 2050, esse índice alcançaria 30%, algo representativo e que as empresas de seguro vão precisar começar a pensar. Surgirá então, a Quarta Idade - pessoas numa faixa superior aos oitenta anos”.
Outro dado curioso divulgado pelo IBGE é que as chances de um homem entre 20 e 24 anos morrer é 4,2 vezes maior do que de uma mulher na mesma faixa etária. Segundo o professor da Escola Nacional de Seguros, em Belo Horizonte, Humberto de Oliveira Braga, algumas companhias já comercializam produtos para cada sexo. “Existe um produto no mercado chamado Seguro Homem. Caso seja diagnosticado um câncer de próstata, a seguradora adianta uma indenização ao cliente que poderá ser utilizada da maneira que ele desejar”.
Partindo do princípio que o número de pessoas idosas vai aumentar com o passar do tempo, as seguradoras terão de pensar nas condições financeiras desse mercado. “Sabemos que o produto para esse público é um pouco mais caro. Entretanto, se as companhias trabalharem com massificação, o preço será acessível a todos”, relata Humberto.

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