sexta-feira, 14 de novembro de 2008

PGBL e VGBL

O mercado de previdência privada do País continua sustentando números positivos em meio às recentes turbulências dos mercados financeiros internacionais.As captações dos produtos Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), Plano Gerador de Benefício Líquido (PGBL) e planos tradicionais atingiram R$ 2,4 bilhões em setembro - crescimento de 23,2% em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do balanço atualizado do setor, divulgado ontem pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). No acumulado do ano, as contribuições representam R$ 22,6 bilhões, alta de 19% sobre os R$ 19 bilhões captados entre janeiro e setembro de 2007.Na análise do vice-presidente da entidade que representa as 89 empresas do setor, Renato Russo, o resultado é expressivo, pois foi contabilizado já sob influência dos primeiros impactos da crise financeira internacional. "Considerando que setembro é o início da crise, o fluxo de aplicações e resgates não afetou o contexto geral do nosso mercado. Outros mercados estão sofrendo muito, então nosso resultado é espetacular, a base continua bastante elevada", relata. O executivo, que também comanda a área de vida e previdência da seguradora SulAmérica, explica que o setor sentirá mais os efeitos da crise nos balanços futuros. "Talvez vamos enfrentar uma menor taxa de crescimento das contribuições nos próximos meses. Teremos que trabalhar muito para sustentar esse desempenho, já que o cenário externo e local não é dos mais promissores.Mesmo assim, as companhias do setor não deverão mudar sua linha de atuação. "Vamos manter o plano de ações que definimos para incentivar o crescimento do setor. O desafio agora é segmentar, ajustando os investimentos e os custos aos diversos tipos de clientes, e continuar divulgando intensivamente as vantagens da previdência privada", diz Russo.VGBL em altaO saldo do VGBL puxa o desempenho do mercado. As aplicações registraram valorização de 28,4% no mês (R$ 1,8 bilhão) e 25,6% no acumulado de 2008 (R$ 16,9 bilhões). Parte dessa performance pode ser atribuída às captações crescentes de clientes de baixa renda, que encontram produtos com contribuições mensais a partir de R$ 20.O PGBL, que conta com o mecanismo de dedução do Imposto de Renda, apresentou evolução mensal de 8,1%, para R$ 355,1 milhões; de janeiro a setembro, a alta é inferior: 6,93%, para R$ 3,2 bilhões. Já as contribuições dos planos tradicionais, como o Fapi, PGRP e VGRP, demonstraram movimento negativo de 2,16% no acumulado do ano, com captações em R$ 2,44 bilhões. De acordo com a Fenaprevi, os planos voltados para menores de idade apresentaram o melhor desempenho no mês de setembro. A captação cresceu 75,2%, para R$ 280,6 milhões. Já as aplicações corporativas tiveram alta de 38,3%, para R$ 310,3 milhões.

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