Nesse ano, nada mais será alterado, seja na Previdência, com o fator previdenciário, seja na reforma tributária ou na reforma política. O fator previdenciário continuará valendo, os valores pagos aos aposentados sendo achatados na relação com o salário mínimo, e o Brasil tendo déficit entre o que recolhe e o que distribui no sistema atual, de repartição, com os mais de 24 milhões de aposentados e pensionistas do INSS, todos irritados com o que ganham. Dessa forma, a captação em previdência privada, no primeiro semestre de 2008, indica crescimento de 23,3%, em comparação com o mesmo período de 2007. No total, foram R$ 15,3 bilhões contabilizados no setor. Na Argentina, o senado pôs um fim ao sistema privado de previdência do país, criado há 14 anos, com a nacionalização dos ativos de 10 fundos de pensão independentes. No Brasil a previdência privada tem mais adeptos pelos seguintes fatores: aumento de consumidores que ascenderam à classe C, grande interesse dos jovens em usar a previdência privada para realizar projetos como abrir negócios ou até viajar, crescente participação das mulheres, que poupam pensando na família, e a criação de planos de previdência mais populares. A idade média das pessoas que têm previdência privada também está menor, uma vez que baixou de 40 anos, em 2003, para 35 anos, em 2008. Temos hoje o Instituto Nacional do Seguro Social, o grande esteio da sociedade. No entanto, o teto da aposentadoria está em torno dos R$ 3 mil. As contribuições ao setor de previdência privada chegaram a R$ 20 bilhões no acumulado do ano até agosto, um crescimento de 18,5% sobre o valor registrado no mesmo período de 2007, de acordo com a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). Apenas no mês de agosto, a captação foi de R$ 2,2 bilhões, crescimento de 3,7% em relação a igual mês do ano passado. A maior parte da captação foi registrada no plano Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), destinado a pessoas que não declaram Imposto de Renda ou que utilizam o desconto padrão, com uma arrecadação de R$ 15 bilhões, valor 23,5% superior ao registrado em igual período do ano passado. De acordo com a Fenaprevi, esse plano tem sido utilizado para a conquista do público de menor poder aquisitivo, com valores de contribuição mensal a partir de R$ 20,00.
No Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), que pode ter parte da contribuição abatida do Imposto de Renda no modelo completo, a entrada de recursos foi de R$ 2,9 bilhões, um crescimento de 6,7%. A Bradesco Vida e Previdência é líder na previdência complementar, com 34,43% do mercado, seguida pelo Itaú, que teve uma participação de 18,21%, e da BrasilPrevi, com 11,61%. As provisões dessa indústria somavam R$ 135,2 bilhões em agosto, valor 22,4% acima do registrado no mesmo mês do ano passado. A carteira do setor, que inclui as reservas técnicas e o capital das seguradoras, chegou a R$ 139,3 bilhões. O sistema de previdência complementar tem 8,9 milhões de participantes, sendo que 286,6 mil já recebem o benefício estipulado em contrato. É um novo momento no modelo brasileiro. Na Argentina o governo privatizou a previdência, como antes o Chile havia feito. Mas, com a crise, as autoridades estão voltando ao sistema tradicional, público e geral. Quem tiver condições que busque a previdência complementar. O melhor ainda é que pais e avós façam uma poupança para seus filhos e netos, visando a garantir-lhes os estudos superiores.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário