A crise econômica continua tirando o sono de empresas do mundo todo. Pesquisa feita pela consultoria norte-americana McCann mostra que a sociedade está reprogramando o pagamento de prestações de carros e imóveis e que, para evitar problemas futuros, muitas pessoas estão procurando seguradoras para cobrir diversos riscos, caso o dinheiro falte. Ou seja, uma oportunidade para o setor em meio à crise.
A CAIXA Consórcios, por exemplo, oferece, em seu produto, um seguro de quebra de garantia, elaborado para atender ao consorciado que teme a inadimplência dos demais integrantes do grupo, seja ele de veículos ou de imóveis. Com uma grande procura por parte dos clientes, a apólice cobre a dívida do consorciado perante o grupo, no caso de um contemplado deixar de efetuar seu pagamento mensal. Ou seja, se uma pessoa recebe a carta de crédito e abandona o grupo, a seguradora paga a dívida do inadimplente. Assim, nenhum dos participantes fica prejudicado. Para o diretor da companhia Antonio Limone, o investimento é seguro. "O cliente já entra no consórcio sabendo que ao término do prazo não haverá surpresas com saldo devedor”.
Outra empresa que percebeu um interesse maior do mercado com a recente crise foi a corretora Marsh. É o caso do D&O (Directors & Officers), que protege pessoalmente diretores que possam vir a comprometer a imagem das empresas em que atuam. Nos últimos seis meses, dobrou o número de consultas à corretora por esse tipo de seguro. Nos Estados Unidos e nos países da Europa, a demanda por apólices que cobrem esses riscos é grande, mas no Brasil ainda existe certo desconhecimento sobre como funciona este tipo de seguro e suas garantias. Ele pode cobrir custos advocatícios e até disponibilizar verba específica para o executivo trabalhar a imagem e justificar sua ação ao mercado.
O atual cenário internacional também vem alavancando as vendas de seguro de crédito, tanto para importação como para exportação. A Coface é subsidiária de uma das maiores seguradoras de crédito do mundo, e monitora dados macroeconômicos e de empresas em diversos países para calcular de forma adequada o preço do seguro que cobre a inadimplência do fornecedor ou comprador. Até outubro deste ano, a procura pelo produto havia aumentado 120%.
Ainda antes de a grande crise estourar, a companhia já havia percebido uma maior procura por esse tipo de produto em função do problema dos subprimes nos Estados Unidos, que levou diversas empresas a buscarem proteção para suas transações no mercado.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
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