SÃO PAULO - Apesar da crise financeira internacional, representantes do mercado de seguros estão otimistas em relação ao seguro de crédito imobiliário brasileiro, no próximo ano. Segundo Murilo Chaim, diretor da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o órgão já recebeu três empresas (seguradoras e resseguradoras) internacionais interessadas em introduzir novos produtos voltados a o esse nicho no país. "Vamos adotar uma regulação que atenda todos os players do mercado", afirma.
Para Renato Russo, vice-presidente de Vida e Previdência da SulAmérica, o seguro de crédito imobiliário é prioridade no governo brasileiro. "Isso vai permitir uma explosão deste mercado nos próximos 15 anos", afirma. Segundo Russo, essa iniciativa, vai ajudar a classe C (maior parcela da população) a financiar quase 100% do imóvel. Para ele, o seguro de crédito imobiliário demanda diversificação de riscos. "Essa diluição de riscos ficará certamente por contas das resseguradoras."
Segundo Javier Ismodes, diretor de Desenvolvimento de Negócios da seguradora Genworth Financial, a companhia está interessada em atuar no seguro de crédito para jovens e para a baixa renda no Brasil, e desde fevereiro deste ano, negocia a proposta com o governo. "Queremos incentivar os bancos a oferecerem crédito com menor medo de risco", afirma. Para ele, a Susep apresenta capacidade técnica para esse tipo de operação. "Apostamos no potencial brasileiro, que poderá atingir níveis maiores do que o México, onde já atuamos", projeta o executivo.
De acordo como Alejandro Rivero Andreu, presidente e CEO da Genworth Financial no México, o mercado hipotecário mexicano movimenta US$ 23 bilhões, com os benefícios do seguro de crédito imobiliário. "Adaptamos experiências dos EUA e União Européia", afirma.
Para José Pereira Gonçalves, superintendente técnico da Abecip, o mercado de capitais também é um fator importante para viabilizar securitização dos títulos imobiliários na segunda fase do crédito. "Criado há nove anos, apenas há quatro esse mercado vem se desenvolvendo no Brasil", diz.
Adriana Peres
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
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