O aumento das fraudes é um dos fatores que mais causam prejuízos e tiram o sono de executivos de seguradoras em todo o mundo. Em junho do ano passado, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) implantou a Circular 344, que estabelece que as seguradoras e entidades abertas de previdência complementar devem criar estruturas de controle interno de combate à fraude e desenvolver estudos na área. “A partir daí, a questão das fraudes passou a receber mais atenção”, afirma Sergio Duque Estrada, responsável pela Diretoria de Proteção ao Seguro da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg).
De acordo com dados do 5º Ciclo do Sistema de Quantificação da Fraude (SQF), publicação anual divulgada pela Diretoria, só no ano passado, os sinistros suspeitos de fraudes atingiram a marca de R$ 1,55 bilhão, quase 10% do valor total dos sinistros reclamados no período. Em 2006, esse índice foi menor. Foram 7,6%, o equivalente a R$ 1,13 bilhão de um total de R$ 15 bilhões em valor de sinistros reclamados.
Ainda segundo a pesquisa, automóvel, transportes e vida foram os segmentos que mais contribuíram para o aumento do índice geral. Na carteira de auto, a suspeita de fraude atingiu 11,9% no ano passado, contra 9,7% em 2006; a de vida teve uma pequena variação, subindo de 8,1% para 8,2%; e a de transportes foi a que registrou o maior índice de aumento, com um salto de 14,7% para 36,7%.
Duque Estrada diz ainda que o setor já percebeu que todo investimento feito no combate às fraudes tem retorno garantido. “Hoje há mais rigor e mecanismos na apuração de dados sobre o tema”, afirma. Sobre os resultados da pesquisa, ele ressalta que o ramo de automóveis, até mesmo pela demanda, acaba sendo um dos mais vulneráveis no mundo e que cada país ou região tem suas particularidades. “Nos Estados Unidos, por exemplo, os maiores índices de fraudes estão no seguro saúde”, conclui.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
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