quinta-feira, 31 de julho de 2008

Bom momento

Estabilidade econômica e maior oferta de crédito favorecem aumento de vendas de seguros e a profissionalização do setor
Quem tem, espera nunca precisar deles. No entanto, o mercado de seguros não pára de crescer no Brasil. Para 2008, a expectativa da Superintendência de Seguros Privados (Susep), vinculada ao Ministério da Fazenda, é que o segmento atinja um crescimento de aproximadamente 20% no país, superando os 17% registrados no ano passado e totalizando um faturamento superior a R$ 78 bilhões.
Entre as motivações para o aumento da demanda por seguros, estão fatores como estabilidade econômica, aumento da concessão de crédito e redução dos riscos. A profissionalização do segmento também contribui, ampliando a confiança do consumidor.
- O mercado de seguros está em constante evolução, melhorando o atendimento e reduzindo as reclamações por dúvidas de interpretação de direitos e obrigações - afirma Jorge Martinez Caminha, membro da Comissão de Automóvel da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenaseg).
Existem diversos tipos de seguros no mercado: empresariais, patrimoniais, residenciais, agrícolas, automotivos, de vida, saúde, responsabilidade civil, transporte de pessoas e cargas, para embarcações e aviões, entre outros. Além disso, coberturas especiais podem incluir partes do corpo, coleções valiosas ou até mesmo animais de estimação.
- Jogadores de futebol entram em campo com seguro de suas pernas. Músicos fazem seguros para suas mãos. Há enologistas que fazem seguros do nariz, órgão fundamental para a degustação do vinho. Cantores e cantoras seguram as cordas vocais, e empresas de turismo buscam a proteção contra efeitos climáticos que frustram viagens de férias - acrescenta Celso Vicente Marini, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio Grande do Sul (Sincor-RS).
Segmento de seguro de carros cresce 22%
Com tamanha oferta, o desenvolvimento do setor no Brasil superou em três vezes o registrado no resto do mundo.
- O Brasil passa por um crescimento generalizado da economia, o que influencia todo o mercado. Se são vendidos mais automóveis, cresce a procura por seguros automotivos. Ao haver incremento na construção civil, registra-se maior venda de apólices imobiliárias - lembra Eduardo Estima, diretor da corretora Montejo, de Porto Alegre.
E os números confirmam: ao mesmo tempo em que a venda de carros bate recordes históricos em território nacional, os contratos de seguro automotivos registraram variação positiva de quase 22% no primeiro trimestre.
Em relação ao resto do mundo, os seguros patrimoniais brasileiros (residenciais ou empresariais) costumam ser mais baratos na modalidade riscos da natureza - vendavais ou furacões, por exemplo - pela periodicidade com que esses eventos são registrados. Contudo, são mais caros no que se refere a riscos vinculados à segurança pública, como roubos de casas ou veículos. Além disso, a carga tributária pesa no bolso do segurado, elevando o custo final do serviço.

MultimídiaO mercado por Estado

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